“O MAL-ESTAR NA CULTURA E A CLÍNICA PSICANALÍTICA”
(Curso Online)
“O flagelos, na verdade, são uma coisa comum, mas é difícil acreditar neles quando se abatem sobre nós. Houve no mundo tantas pestes quanto guerras. E contudo, as pestes como as guerras encontram sempre as pessoas igualmente desprevenidas (…) Quando estoura uma guerra, as pessoas dizem: ‘Não vai durar muito, seria idiota’. E sem dúvida a guerra é uma tolice, o que não a impede de durar (…) Nossos concidadãos, a esse respeito, eram como todo mundo: pensavam em si próprios. Em outras palavras, eram humanistas: não acreditavam nos flagelos. O flagelo não está à altura do homem: diz-se então que o flagelo é irreal, que é um sonho mau que vai passar. Mas nem sempre ele passa e, de sonho mau em sonho mau, são os homens que passam…”
Essa incrível e tão atual obra de Albert Camus, lançada dezessete anos depois de O mal-estar na Cultura, vem ratificar a tese central de Freud sobre a condição do homem frente aos seus flagelos: os que decorrem do perecimento, envelhecimento e doenças do corpo; os que resultam das catástrofes e da intensa força da natureza; enfim, os mais difíceis de lidar que surgem das relações entre semelhantes.
não apenas traz consigo “a peste”, a psicanálise, como a introduz no contexto de sua época. O campo teórico articulado à clínica faz emergir um sujeito que já não está apoiado na ideia do homem dono de sua razão, de sua unidade e situado no centro do universo. O sujeito freudiano é dividido por suas “pressões internas” e “imposições externas”: “o eu não é mais o senhor em seu castelo”.
Enquanto apostávamos no casamento inabalável da Ciência e Tecnologia, no tempo em que dividíamos o mundo por disputas e guerras religiosas, na urgência e alimentação da engrenagem capitalista que rege a economia mundial, fomos surpreendidos pelo flagelo de uma pandemia. Freud, por não ser um humanista, por reconhecer o desamparo e fragilidade humana, nos lança no desafio de retirarmos de nossa própria condição a causa de nossa força desejante. A neurose é o acometimento desse sujeito, dividido entre a sua condição faltosa, porém pulsante, e sua covardia moral frente à morte e o sexo: os seus impossíveis.
AULA inaugural: 29/08
A formação do psicanalista: de que se trata? (Abílio Ribeiro Alves)
AULA 2: 12/09
A descoberta freudiana: o inconsciente e sua abordagem clínica (Luiz Alberto Pinheiro de Freitas).
AULA 3: 19/09
A transferência como motor do tratamento (Marinela Marques Porto)
AULA 4: 26/09
Histeria (Maria Teresa Palazzo Nazar)
AULA 5: 3/10
Neurose Obsessiva ( Sergio Prestes)
AULA 6: 24/10
As psicoses (Filipe Leme)
AULA 7: 7/11
Psicanálise com crianças (Flavia Chiapetta)
AULA 8: 28/11
Os tempos de uma análise (Ana Paula Gomes)
AULA 9: 5/12
Perspectivas da Psicanálise Pós- Pandemia? (Maria Teresa Saraiva Melloni)
SÁBADOS – de 10h30 a 12h
VALOR: R$ 300,00 (profissionais)/ R$ 150,00 (estudantes)
AULA AVULSA: R$ 50,00
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: secretaria@escolalacaniana.com.br