Na próxima quarta, 09/09, Teresa Nazar retoma seu seminário das quartas-feiras, interrompido pela pandemia – “Os quatro grandes casos de freud, à luz da transferência em Lacan” – que, nos últimos meses, vinha acontecendo às segundas, quinzenalmente, no perfil da ELP-RJ no Intagram.
A partir deste mês, a atividade – que continua online e aberta ao público, acontecerá na plataforma zoo, às 18h15, com periodicidade mensal. De volta à grade regular da Escola, o seminário ( https://zoom.us/u/acH404oyw6 – ID: 967 8795 2480) inicia o estudo das Fobias, a partir do caso “O Pequeno Hans”, no qual Freud descreve uma análise de criança, conduzida pelo pai da mesma e supervisionada por ele (que era seu discípulo). “Será interessante, porque terei oportunidade de trabalhar o texto na intenção transferencial, sob dois aspectos: a análise propriamente dita e os efeitos da supervisão, isto é, trabalho de transferência e transferência de trabalho, na direção do tratamento.”, explica a psicanalista.
O “Caso Hans” será a base para investigar os efeitos de tragédias como a pandemia, as guerras, os estados de extrema miséria, enfim, as situações que interferem na constituição psíquica, sobredeterminando uma fragilidade na transmissão da “função paterna”, pilar para uma subjetividade.
“O pequeno Hans”
“Ouvimos os psicanalistas dizerem que a “fobia é uma placa giratória”. Quer dizer, o destino pulsional, envolvido nesse primeiro tempo de estruturação de um sujeito, pode tomar o caminho de uma resposta neurótica ou perversa.
Toda criança bem pequena passa por um período de extrema angústia, quando não tem ainda o domínio verbal para expressar seus sentimentos. Isso faz-nos entender que o estado fóbico ê relativamente comum, na infância.
Entretanto, o que leva a alguns sujeitos fixarem esse momento de sua estruturação psíquica?
O famoso caso de uma criança pequena, com menos de 4 anos, atendido não por Freud, mas por seu próprio pai, será a bússola de investigação dessa clínica da fobia.”