Hoje, 2 de abril, é o #DiaMundialdaConscientizaçãodoAutismo e a psicanalista e membro da #ELP_RJ, Flávia Chiapetta, escreveu sobre o tema. Com as palavras dela, marcamos aqui a relevância da data:
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“A ONU (Organização das Nações Unidas), no final de 2007, definiu todo dia 2 de abril como sendo o Dia Mundial de Conscientização de Autismo, quando pontos turísticos importantes, cartões-postais de cidades de todo o planeta, se iluminam de azul, para chamar a atenção sobre o autismo. No Rio de Janeiro, o Cristo Redentor recebe essa iluminação especial.
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O termo ‘autismo’ surgiu pela primeira vez em 1911, introduzido por #Bleuler, com o objetivo de designar uma característica da esquizofrenia: perda de contato com a realidade.
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É a partir da descrição de Leo Kanner, em 1943, que se depreende a noção de um “autismo infantil precoce”, com particularidades próprias. O autismo deixa de ser um aspecto da esquizofrenia para adquirir especificidade clínica.
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No momento em que surge o autismo como entidade clínica, à década de 40, a psiquiatria e a psicanálise sofriam influências mútuas, em função da expansão da #Psicanálise nos EUA, intensificada pela imigração de grande número de analistas europeus (Margaret Mahler, Bruno Bettelheim, Frances Tustin, por exemplo.) para o país, devida à Segunda Guerra Mundial. Este fato levou à hipótese de que a influência mútua, entre Psiquiatria e Psicanálise, nos EUA, possa ter determinado a incorporação do autismo ao campo psicanalítico.
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Em termos fenomênicos, encontramos formas de autismo bem diversas: dos quadros mais graves com ausência de linguagem, implicando um encapsulamento mais radical, até quadros de alta habilidade. Cabe nos perguntarmos qual a estrutura que rege esses fenômenos, e isso exige um estudo detalhado entre o sujeito e a estrutura da linguagem. Atualmente, chama nossa atenção o número crescente de diagnóstico de autismo. Seria este fato um sintoma de nossa época?”
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Por conta da importância do tema, na quarta, 07/04, teremos um evento na plataforma zoom sobre o autismo, aberto ao público e gratuito, coordenado pela Flavia Chiapetta.