Escola Lacaniana

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“…Construir um tempo próprio, esta é a condição de uma análise, pois aqui o sujeito se divorcia de um tempo do Outro que o constituiu, rompe com toda uma ingerência por onde se via afanisado, para se determinar a partir de seu tempo próprio. O analista tem que saber como lidar com a pontuação, pois as sessões de uma psicanálise transcorrem de forma totalmente diferenciada umas das outras. É isso aí, o psicanalista é aquele que pontua! Isto ele aprendeu no transcorrer de sua própria análise. Um exemplo de uma sessão de análise de um paciente que vinha se debatendo num trabalho incessante de um luto, durante uns bons anos. Nessa época ele ainda estava às voltas com o outro. Sabemos que o neurótico, durante muito tempo vai à análise para se queixar… do outro! Chega à sessão daquele dia, e mal se deita no divã, começa a se queixar, acusar o outro:”… aquelas pessoas, aquele grupo, aquilo ali é uma teia de aranha…”. Aquilo ali é uma teia de aranha…! A escuta, a escuta analítica, neste momento se impõe numa violência ensurdecedora: EU MATEI-A… Após enunciar este significante, suspende-se a sessão, a partir de um corte escansivo, com o analista repetindo, com uma voz alta e num tom interrogativo: eu matei-a?

Este gesto operacional de uma direção de cura irá demarcar esse novo tempo como um elemento puramente significante, ou seja, como um algo que emerge do real, e que refuta toda e qualquer tentativa vã de se ensejar numa mensuração durável (cronológica) a contar por este ou aquele enunciado. O sentido real que aqui se impôs era numa única direção e é lógico que, no só-depois, isso tudo seja reduzido escansivamente para chamar por outros significantes fundamentais que o representavam como sujeito frente ao Outro, o Outro de sua historicidade particular.”

122 págs.
ISBN: 16744111

Sumário:

Abertura da Sessão Clínica
Jacques Lacan

A Clínica Psicanalítica: uma resposta a Elizabeth Roudinesco
José Nazar

Para Introduzir à Frerocidade
Marie-Magdeleine Chatel

Situação da Psicanálise na França
Phillippe Julien

A Letra d’a Rosa – O sintoma
Maria Teresa Palazzo Nazar

Culpa e Desculpa
Dulce Duque Estrada

O Objeto e suas Vicissitudes
Monica Visco

A noção de diagnóstico em Psicanálise: ou como falar da estrutura
Luciana Abi-Chahin de Oliveira Saad

Depressão e Angústia
Maria Clara Lins Portugal de Oliveira Brasil

Homossexualidade humana – uma impossibilidade?
Pedro Soares Banhara

Resenha do livro Hitler, a tirania e a psicanálise de Jean-Gérard Bursztein
Celso Pereira de Almeida

Resenha do livro Os mistérios da trindade de Dany-Robert Dufour
Terezinha Mendonça

Peso 0,5 kg
Dimensões 5 × 14 × 21 cm